Pare de se enganar com a preguiça ativa!

Quando você acorda, sabe que tem muita coisa para fazer, mas, mesmo assim, a vontade de ficar descansando o dia todo bate. Costumamos chamar isso de preguiça. Você pode até levantar e ir trabalhar desse jeito, mas fica encostado na cadeira e vê a produtividade ir por água abaixo.

Essa é a preguiça que mais estamos acostumados a ver como uma vilã em nossas vidas. O que poucos sabem é que existe uma preguiça tão prejudicial quanto essa: a preguiça ativa.

Esse conceito de preguiça ativa foi explicado pelo mestre budista tibetano Sogyal Rinpoche em seu livro “O livro tibetano do viver e do morrer”. Rinpoche explica que a preguiça é uma forma de fuga, de tentar escapar das questões reais que temos que enfrentar na vida para crescermos como pessoas.

Normalmente é uma fuga de quem você realmente é. E ficar sem fazer nada não é a única forma de fugir do que realmente é importante para você. Se manter ocupado pode ser uma forma de fugir e ainda poder usar a desculpa da “falta de tempo”.

O mestre tibetano explica que a preguiça ociosa é uma preguiça muito comum no oriente. Mas no ocidente a preguiça ativa é muito mais comum. As pessoas buscam tarefas supérfluas para ocupar a maior parte do dia e com isso não dão atenção ao que deveriam.

O que é curioso é que o mestre publicou o seu livro no ano de 1992. Imagine o que ele diria hoje, com o tanto de horas que passamos na frente do celular e do computador com joguinhos e em redes sociais.

Veja um dos trechos do livro onde Rinpoche fala sobre o assunto:

“Se olharmos para nossas vidas, veremos claramente quantas tarefas supérfluas chamadas de 'responsabilidades' são acumuladas para preenchê-la. Um mestre as compara com o 'serviço de limpeza em um sonho'. Dizemos a nós mesmos que queremos colocar nosso tempo em coisas importantes da vida, mas nunca há nenhum tempo. Na simples atividade de levantar de manhã já há tanto a fazer: abrir a janela, arrumar a cama, tomar banho, escovar os dentes, dar comida pro gato ou cachorro, lavar a roupa de ontem, ver se tem açúcar ou café, sair pra comprá-los, fazer o café da manhã – a lista é infinita. E há as roupas para escolher, passar e dobrar. E o cabelo? E a maquiagem?”.

Agora pare e reflita sobre o assunto. Quanto tempo do seu dia você não gasta com a preguiça ativa? Não deixe que as distrações te afastem das questões que precisam ser resolvidas e das verdades que precisam ser encontradas em sua vida. Quando pararmos de nos iludir com o supérfluo, tudo ficará mais claro e a vida começara a ter mais sentido em ser vivida.


Artigo escrito por Ricardo Sturk da Equipe Horóscopo Virtual.

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