Vivemos muitos tipos de relações, como relacionamentos profissionais, fraternos, íntimos, de amizade e terapêuticos. No entanto, em todos eles é possível estabelecermos limites.
Os limites de uma relação servem para que haja respeito, para que a relação siga e se mantenha sem atritos e sem abuso de nenhuma das partes.
Padrões mentais
Contudo, nem sempre é fácil dar esses limites. Seja pelo medo de perder a relação ou seja pelo tempo em que se está acostumado a nunca dar limites, sempre é difícil conseguir falar ao outro que ele está cruzando a linha do aceitável. Na maioria das vezes, há padrões mentais da infância, quando a pessoa nunca conseguia dar limites às pessoas de seu relacionamento.
Investigue se você conhece os seus limites
Isso normalmente acontece porque ela acaba saindo do pensamento “o que eu desejo” para “o que o outro quer que eu faça”. Assim, o amor do outro fica condicionado ao nosso comportamento. Se nosso comportamento é adequado, somos amados.
Caso contrário, acabamos sendo excluídos desse amor. Isso se evidencia em frases como: “A mãe não gosta de criança que faz isso” ou “Papai ama crianças que não respondem”.
O amor condicionado ao comportamento. Devemos sempre mostrar o que é certo e errado para as crianças, mas não condicionarmos o amor a isso, pois, se assim for, criaremos adultos que têm medo de perder o outro e por isso nunca colocarão limites em suas relações e apenas aceitarão tudo o que o outro quer. Apesar disso, isso pode ser mudado. Eu sempre estabeleço com meus pacientes alguns passos para dar limites e manter a relação. Quero compartilhar com você esses três passos.
1. Estabeleça de que forma serão as relações que deseja ter
A primeira coisa que você deve fazer é pensar que tipo de relações deseja. Como quer ser tratada? Quer ser respeitada? Ouvida? Como é a relação que quer ter? Seja qual tipo for, você pode estabelecer como quer ser tratada nessa relação.
Descubra se a relação cármica supera a de alma
Quando faço essa pergunta para as pessoas que atendo, elas quase nunca têm a resposta. Algumas dizem que nunca pensaram nisso. Talvez esse seja seu caso, mas não há problema, pois você pode tirar um tempo para pensar sobre isso.
2. Entenda que quem se importa com você vai lhe ouvir e entender
Não tenha medo de perder. Quem realmente lhe ama e respeita vai entender que, se passar os seus limites, ela fará você sofrer. De maneira geral, quando começamos a dar limites nas relações, apenas afastamos pessoas manipuladoras e que querem ganhar alguma vantagem.
Quando falamos para as pessoas que se importam, elas entendem e não passam dos limites. Então, saiba que dar limites é também uma questão de autocuidado e de também informar ao outro como você quer ser tratada. As pessoas gostam que você diga como quer que a tratem.
3. Aprenda a dizer não de maneira tranquila
Você não é obrigada a fazer o que não quer. Poder dizer “não” é um ato libertador. Você precisa conhecer seus limites e como deseja ser tratada em uma relação. Após isso estar claro em sua mente, verá que coisas que antes pareciam normais, agora podem incomodar. Isso acontece porque você está começando a identificar padrões que passam os seus limites.
Assuma a sua responsabilidade nas relações
Lembre-se sempre de que limites são importantes porque eles estabelecem o campo do autocuidado. Cuide de sua saúde mental assim como cuida de sua saúde física.