Conheça os Deuses da Morte

Capiroto, diabo, demônio... Você com certeza já ouviu muitas palavras para descrever a figura divina – ou não tão divina assim – que você gostaria que viesse pegar aquele contatinho alma de cachorro que te faz sofrer tanto. Mas sabia que a mitologia, estudo dos mitos, também traz ainda mais nomes e histórias acerca do deus da morte e do submundo? Deuses, na verdade. Afinal, existem vários! E ainda que grande parte dos mitos traga um deus da morte que representa a escuridão ou o regente do forninho subterrâneo, com todas aquelas almas enfurnadas destinadas a pagarem por seus pecados até a eternidade ou ressurreição, existem mitos que trazem abordagens bastante diferentes! E é exatamente isso que vamos te apresentar hoje, e pode apostar que vai ser muito mais do que o famoso Hades e seu “chihuahua” de estimação! Aqui você irá encontrar deuses um tanto canibais, deuses da morte que nem são tão maus assim... Enfim, pode apostar que tem um pouco de tudo! Curioso?

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Montagem com os deuses da morte: Anúbis, Thanatos, Hades e Yama

Deus da Morte Anúbis - Mitologia Egípcia

Proveniente da mitologia egípcia, Anúbis é o deus da mumificação, dos mortos e moribundos, o famoso responsável por conduzir a alma dos mortos ao submundo para então serem cuidados por Osíris. Ainda que não haja certeza de qual animal sua cabeça representa, muitos dizem ser um chacal. Outra de suas responsabilidades como deus é garantir que todos tenham um sepultamento e julgamento justo nessa trajetória após a morte, também, por isso, sendo relacionado à ressurreição.

Na mitologia egípcia, Anúbis ocupa um papel fundamental no processo de transição entre a vida e a morte. Ele era visto como um protetor dos mortos, mas também como um juiz, desempenhando um papel crucial no pesamento do coração (Weighing of the Heart), um julgamento onde o coração do falecido era pesado contra a pena de Maat, símbolo da verdade e da justiça.

Anúbis também era considerado o deus que cuidava da mumificação, processo vital para garantir a imortalidade. Com o tempo, tornou-se uma das divindades mais populares, sendo muito venerado não só pelos egípcios, mas também por outros povos do Oriente Médio, que o associavam à preservação e à vida após a morte. Sua imagem, associada à morte, mas também à esperança de ressurreição, refletia as complexas crenças egípcias sobre o ciclo da vida, morte e renascimento.

Deus da Morte Thanatos - Mitologia Grega

Segundo a mitologia grega, Thanatos é a personificação da morte não violenta. De aparência jovem e com asas, o filho do deus do sono e da deusa da noite seria o próprio deus da morte, um dos responsáveis por levar a alma dos mortos ao submundo.

Na mitologia grega, a morte não era vista como algo puramente negativo, mas como parte natural do ciclo da vida. Thanatos, como filho de Nix, representa a inevitabilidade desse ciclo. Embora muitas vezes fosse retratado de maneira neutra, em alguns mitos ele era temido, especialmente quando se tratava da morte de heróis ou de pessoas importantes.

Thanatos também se opunha a deuses que tentavam impedir a morte, como em histórias envolvendo Heracles ou Sísifo, que buscaram enganar a morte. Dessa forma, Thanatos simboliza não só a morte, mas a imutabilidade do destino humano e a aceitação do fim como parte da ordem natural do universo.

Deus da Morte Hades - Mitologia Grega

Ainda segundo a mitologia grega, Hades, irmão de Zeus e Poseidon, é o deus que governa o submundo junto a Cérbero, seu cão protetor de três cabeças. Apesar das histórias sobre seu nome, Hades era um dos irmãos mais fracos e acreditava-se que sua natureza não era maligna.

Na mitologia grega, Hades representa a inevitabilidade da morte e a justiça no além-vida. Ele não era responsável diretamente pela morte, tarefa de Thanatos, mas governava o reino onde as almas dos mortos habitavam. O submundo, sob seu domínio, era dividido em várias regiões, sendo o Tártaro uma prisão para os condenados e o Campos Elísios para os justos.

Hades também é conhecido por sua relação com Perséfone, a deusa da primavera, que se tornou sua esposa após ser raptada por ele. Esse mito simboliza o ciclo da vida e da morte, com Perséfone passando metade do ano no submundo e a outra metade na terra, o que explicaria as estações do ano na mitologia grega. Hades, portanto, representa a inevitabilidade do destino e a preservação da ordem no mundo dos mortos.

Deus da Morte Yama - Mitologia Hinduísta

Segundo a mitologia hinduísta, Yama era o deus da morte, responsável pela morte e linha da vida dos seres humanos. A história diz que ele ganhou sua posição após ser o primeiro humano a morrer e encontrar o caminho para o submundo. Acredita-se que ele não seja maligno, e que seja o rei de seus ancestrais, fantasmas e justiça.

Na mitologia hindu, Yama desempenha um papel essencial no ciclo de vida, morte e reencarnação. Ele não é apenas um deus da morte, mas também da justiça, assegurando que cada alma seja julgada de acordo com suas ações (karma) e sua moralidade. As almas que foram justas durante a vida são encaminhadas para reinos celestiais ou para uma existência melhor em sua próxima vida, enquanto as almas que cometeram más ações são punidas ou enviadas para o Naraka, o inferno, onde purgarão seus pecados.

Yama também é associado ao conceito de moksha, a libertação do ciclo de reencarnação, como parte de uma jornada espiritual. Ele simboliza a inevitabilidade da morte, mas também o poder do karma e da justiça divina no processo de transição para uma nova vida.

Montagem com os deuses da morte: Freya, Hécate, Meng Po e Hel

Deusa da Morte Freya - Mitologia Nórdica

Deusa da mitologia nórdica, além de ser associada à morte, Freya ainda é a deusa da beleza, fertilidade, abundância e guerra. Mesmo que ela seja a deusa de algo de que as pessoas têm tanto medo, ela era uma deusa muito amada, que também cuidava de parte do submundo, onde a maioria das almas eram de guerreiros que morreram em batalha. A outra parte do submundo era cuidada por Odr, seu marido.

Na mitologia nórdica, Freya está intimamente ligada à morte, mas de uma forma que a diferencia de outras figuras sombrias. Enquanto Odin é o deus da guerra e da morte dos guerreiros, Freya também coleta as almas dos mortos, mas de maneira mais focada naqueles que morrem com honra, em combate. Sua associação com a morte não é apenas um fim, mas um meio de retribuição e preparação para o Ragnarök, refletindo a crença nórdica de que a morte é apenas uma transição para um novo ciclo.

Além disso, Freya possui grande poder sobre o destino, podendo moldar a vida e a morte dos indivíduos através de seu domínio sobre a magia e os feitiços. Ela representa, portanto, não só a morte, mas também a regeneração e a continuidade da vida através do renascimento, um tema fundamental nas crenças nórdicas sobre o além.

Deusa da Morte Hécate - Mitologia Grega

Existem muitos credos em torno dessa deusa da mitologia grega. Além de ser a deusa da morte, Hécate ainda era associada a magia, negromância, fertilidade, fantasmas, espíritos, e pelo seu conhecimento em relação às plantas.Sua imagem segurando duas tochas sinaliza a proteção, que, por sinal, algumas pessoas acreditavam que ela era a guardiã da fronteira entre o mundo real e o outro.

Na mitologia grega, Hécate é uma deusa complexa, que representa não apenas a morte, mas também a transformação e o poder oculto. Embora sua associação com a morte seja forte, ela não é uma deusa da morte violenta, como Thanatos, mas sim da morte que envolve o mistério, os rituais e as almas que precisam de orientação. Hécate também possui a habilidade de manipular os espíritos, especialmente durante o período de transição entre a vida e a morte, e é conhecida por ajudar os mortos a atravessar o submundo.

Ela era invocada em feitiçarias e rituais mágicos, sendo uma deusa que controlava as forças invisíveis que moldam o destino. Sua presença na mitologia grega simboliza a conexão entre o visível e o invisível, o finito e o eterno, e o papel essencial das deidades que governam as forças além da vida cotidiana.

Deusa da Morte Meng Po - Mitologia Chinesa

Deusa da mitologia chinesa, além de ser conhecida como deusa da morte, também é conhecida por ser a deusa do esquecimento. Afinal, uma de suas responsabilidades, além de recepcionar os mortos, é apagar a memória dos seres que iriam reencarnar, dessa forma eles não teriam lembranças do tempo que passaram no inferno ou em suas vidas passadas.

Na mitologia chinesa, Meng Po ocupa um lugar importante no conceito de reencarnação e karma. Ela é vista como uma guardiã do equilíbrio entre as vidas passadas e futuras, ajudando as almas a se purificarem de suas experiências terrenas antes de sua nova jornada. A sopa que ela oferece tem o poder de apagar qualquer memória, simbolizando o desprendimento necessário para seguir em frente e romper com os erros ou traumas do passado.

Meng Po também reflete a crença de que a morte não é um fim, mas uma transição para um novo começo, em um ciclo contínuo de nascimento, morte e renovação. Sua função é essencial para o ciclo do Samsara, o ciclo de reencarnação, e ela é frequentemente associada à ideia de que o esquecimento é necessário para a evolução espiritual e o crescimento contínuo.

Deusa da Morte Hela - Mitologia Nórdica

Hela, ou Hel, é conhecida por ser a governante do submundo e da morte, responsável pelo lugar onde os mortais que morrem de velhice ou causas naturais acabam indo. Famosa por ser uma deusa impiedosa, Hela é frequentemente retratada em preto e branco, cores que representam o começo e o fim.

Na mitologia nórdica, Hela desempenha um papel crucial no equilíbrio entre a vida e a morte. Ela não é uma deusa cruel ou impiedosa, mas sim uma governante justa e imparcial, que exerce seu domínio sobre o reino dos mortos com uma autoridade firme. Sua relação com a morte é um reflexo da visão nórdica sobre o fim da vida: a morte não é um castigo, mas uma parte inevitável do ciclo natural.

Hela também está associada ao Ragnarök, a batalha do fim do mundo, onde o destino dos deuses e dos mortais será selado. Como filha de Loki, ela tem uma conexão direta com o caos e a destruição, mas sua tarefa é garantir que as almas dos mortos sigam seu caminho, conforme determinado pelo seu destino e pelas leis cósmicas.

Montagem com os deuses da morte: Morrigan, Osíris, Whiro e Mot

Deusa da Morte Morrigan - Mitologia Celta

Relacionada a fertilidade, guerra, vingança e morte no campo de batalha, Morrigan é uma deusa, ou figura divina, da cultura celta, conhecia por ser uma poderosa guerreira que vivia cercada por pássaros. Ela pode tomar a forma de um corvo, o que indicaria um mau presságio, ou a forma de uma vaca ou lobo, o que seria associado à fertilidade da terra.

Na mitologia celta, Morrigan é uma figura ambígua e complexa, representando tanto a morte quanto a regeneração. Ela não apenas tem o poder de causar a morte em batalha, mas também a de predizer o futuro e influenciar os eventos que levariam à morte. Morrigan simboliza a ligação entre a vida e a morte, uma vez que a morte no campo de batalha, muitas vezes, é vista como uma transição para um outro estado, onde a alma pode ser transformada ou renascer.

Sua relação com a morte é, portanto, integral ao ciclo da vida e do destino, e ela também é uma deusa associada à soberania e à luta pelo poder. Morrigan é uma figura fundamental para entender a visão celta de que a morte é uma parte natural e essencial da existência, onde a força da morte é equilibrada pela força da vida e da transformação.

Deus da Morte Osíris - Mitologia Egípcia

Segundo a mitologia egípcia, Osíris é o deus da morte e do submundo, onde também cuidava de assuntos como transição, regeneração e ressurreição. Depois de se tornar faraó, ele foi assassinado pelo seu próprio irmão. Seus outros familiares encontraram-no e remontaram seu corpo. Seu renascimento e ressurreição o tornaram o governante do submundo.

Na mitologia egípcia, Osíris é um dos deuses mais importantes, sendo associado à morte e à ressurreição, um tema central para os egípcios, que acreditavam na vida após a morte. Ele foi morto por seu irmão Seth, que o aprisionou em um sarcófago e o lançou no Nilo, mas sua esposa, Ísis, e seu irmão Anúbis conseguiram resgatá-lo e trazê-lo de volta à vida. Essa ressurreição fez de Osíris uma figura central no culto à vida após a morte, e seu reinado no submundo se tornou um modelo para os egípcios que buscavam uma vida eterna.

Ele é o juiz das almas no julgamento após a morte, onde o coração do falecido é pesado contra a pena de Maat, para determinar se ele pode entrar no paraíso. Assim, Osíris representa a continuidade da vida após a morte e a crença no ciclo eterno de renascimento, onde a morte não é um fim, mas uma transformação para um novo começo.

Deus da Morte Whiro - Mitologia Mori

Whiro é o deus da morte, também conhecido por ser o senhor do mau e da escuridão, segundo a mitologia maori. Dizem que todas as doenças são de sua responsabilidade e que ele ganhou todos os seus poderes ao se alimentar dos corpos que encontrou. Por sinal, ele ficou tão poderoso que as pessoas passaram a cremar seus mortos a fim de evitar que virassem fonte de poder para ele.

Na mitologia maori, a morte e o submundo são tratados com grande respeito, e Whiro representa a parte escura e negativa desse ciclo. Ele tenta manter as almas presas no Po, onde o espírito das pessoas pode se perder e nunca alcançar a luz. Os maoris acreditavam que as almas dos mortos deveriam seguir uma jornada após a morte, passando por diferentes etapas para alcançar a paz no Hawaiki, o mundo dos ancestrais.

Whiro, no entanto, era visto como uma figura que desejava desviar as almas dessa jornada, oferecendo-lhes sofrimento e confusão. Sua presença na mitologia maori é fundamental para entender o conceito de dualidade entre vida e morte, com Whiro representando a força destrutiva da morte e a luta constante entre a escuridão e a luz, entre o fim e o renascimento.

Deus da Morte Mot - Mitologia Cananeia

A mitologia cananeia nos traz Mot, deus da morte, dúvida e infertilidade. Ele temia os outros deuses e não era muito sociável, preferindo a solidão. Dizia-se que ele construiu um castelo divino sem janelas a fim de se manter distante de seus inimigos.

Na mitologia cananeia, Mot é visto como uma força inevitável e implacável. Ele está associado a um ciclo de morte e renascimento que é central para as crenças dos antigos cananeus. Um dos mitos mais conhecidos que envolve Mot é o conflito com Baal, que representa a vida e a fertilidade. Em uma das narrativas, Mot derrota Baal e o envia para o submundo, trazendo um período de estagnação e seca para o mundo. No entanto, Baal eventualmente retorna à vida, simbolizando a vitória da vida sobre a morte.

Mot, portanto, representa não apenas a morte, mas também a transição entre os estados de existência, sendo um deus necessário para o equilíbrio cósmico, embora frequentemente retratado como uma entidade que tenta manter o domínio sobre o ciclo da vida e da morte. Ele reflete a visão cananeia de que a morte é parte essencial de um ciclo contínuo, onde a morte não é um fim, mas uma parte de um processo maior de transformação e renovação.

Montagem com os deuses da morte: Adro, Elrik, Shiva e Sedna

Deus da Morte Adro - Mitologia Africana

De acordo com a mitologia africana, Adro é a representação do mal. Ele era o responsável pela terra e era o único que conseguia entrar em contato com os humanos podendo permanecer invisível ou assumindo aparências diferentes. Diz-se que ele possui mulheres jovens, causa doenças, morte e até rapta pessoas para comer.

Na mitologia africana, a morte não é vista como algo punitivo, mas como uma transição para outra forma de existência. Adro, como deus da morte, é muitas vezes associado à preservação do equilíbrio cósmico, garantindo que as almas sigam seu devido caminho após a morte. Em várias culturas africanas, acredita-se que a morte seja uma passagem para um mundo espiritual onde os mortos continuam a influenciar os vivos.

O conceito de ancestralidade é crucial, e Adro desempenha um papel na manutenção dessa conexão entre o mundo dos vivos e o dos mortos. Ele também pode ser relacionado à ideia de ciclos de renascimento, onde os mortos retornam na forma de ancestrais para proteger e orientar suas famílias. Assim, Adro representa não apenas o fim da vida, mas também a continuidade e o papel vital que os mortos desempenham nas tradições e na vida espiritual das comunidades africanas.

Deus da Morte Elrik - Mitologia da Sibéria

A mitologia da Sibéria nos traz Elrik, deus que se assemelha a um totem de urso, ele era o que mais se aproximava à criação da humanidade, mas depois se tornou o juiz da morte e governante do submundo e da escuridão.

Na mitologia da Sibéria, Elrik representa a inevitabilidade da morte, mas também a ideia de continuidade e renovação. Sua função é garantir que as almas não se percam após a morte, conduzindo-as ao seu destino, onde enfrentarão provas ou descansam, dependendo da visão da cultura específica. Ele é frequentemente visto como uma figura que atua como mediador entre o mundo dos vivos e o dos mortos, refletindo a crença de que a morte é uma etapa natural e necessária no ciclo da existência.

Além disso, Elrik também é considerado um guardião das tradições espirituais, em algumas versões da mitologia, ajudando os vivos a se conectarem com os mortos por meio de rituais e oferendas. Assim, Elrik simboliza não apenas o fim da vida, mas também a preservação do equilíbrio espiritual entre os dois mundos, garantindo que as almas permaneçam conectadas com seus ancestrais e a natureza.

Deus da Morte Shiva - Mitologia Hindu

Deus da mitologia hindu, Shiva apresenta muitas faces diferentes. Em outras palavras, mesmo que seja conhecido como deus da morte e destruição, ele não era um deus maligno. Acredita-se que para coisas melhores acontecerem é preciso que o velho morra. Ele garante o equilíbrio de todo o ciclo da vida, e é conhecido por sua natureza forte e complexa.

Na mitologia hindu, Shiva é conhecido por sua dança cósmica, o Tandava, que simboliza a criação, preservação e destruição do universo. A morte, para Shiva, não é um fim, mas uma parte do ciclo eterno de criação e destruição. Ele é o deus que destrói para que o ciclo de vida e renascimento continue. Shiva também é considerado o senhor dos yogis e dos mortos, e suas conexões com a morte são frequentemente exploradas em textos como o Shiva Purana e o Kundalini Yoga, onde ele é visto como o mestre da transcendência da morte e do renascimento espiritual.

Em algumas representações, Shiva é mostrado como o senhor do samadhi (estado de união espiritual), simbolizando a morte do ego e a libertação da alma do ciclo de reencarnação (samsara). Portanto, Shiva, embora muitas vezes associado à destruição e morte, é, em última análise, um deus que promove a transformação e o renascimento.

Deusa da Morte Sedna - Mitologia Inuíte

De acordo com a mitologia inuíte, Sedna é a deusa dos mares e do submundo. A deusa do oceano e da destruição teria um bom lado, uma vez que enviaria comida para as pessoas que reina. No entanto, se não fosse cultuada apropriadamente, dizia-se que ela não pouparia ninguém da fome e de sua ira, fazendo com que todos sofressem.

Na mitologia inuíte, Sedna não é apenas uma deusa da morte, mas também da renovação. Embora ela represente o fim da vida e o retorno dos mortos ao mar, ela também simboliza a continuidade da vida por meio dos animais marinhos que ela governa. O ciclo de vida, morte e renovação é essencial para as culturas inuit, e Sedna é vista como uma deusa poderosa que, ao mesmo tempo, traz a morte e oferece a chance de sobrevivência através de sua generosidade com os recursos do mar.

Ela é uma figura de grande respeito, que requer devoção e respeito para garantir a abundância e a prosperidade para os vivos.

Montagem com os deuses da morte: Batara Kala, Kali, Ah Puch e Ahriman

Deus da Morte Ahriman - Mitologia Persa

Na mitologia persa temos Ahriman, que é o equivalente ao famoso diabo. Acredita-se que ele tenha muitos demônios à sua disposição e que ele seja o deus da morte e da destruição, sendo o responsável por doenças, enfermidades e todo o mal que existe no mundo.

Na mitologia persa, Ahriman é o criador de todos os aspectos negativos do universo, como mentiras, iniquidade e destruição. Sua oposição a Ahura Mazda é vista como a luta eterna entre o bem e o mal, a luz e as trevas, que é um tema central no zoroastrismo. Ahriman habita o Druj, o reino da mentira e do engano, e é o senhor das forças destrutivas que ameaçam o cosmos.

No entanto, como parte da dualidade presente na visão zoroastriana, Ahriman também tem um papel essencial no equilíbrio cósmico, pois sua destruição é necessária para que o bem prevaleça no final dos tempos.

Deus da Morte Batara Kala - Mitologia Javanesa

Deus da mitologia javanesa e balinesa, Batara Kala assemelha-se a um orc. Deus da criação e da luz, bem como da destruição, ele rege o submundo, o tempo e a má sorte.

Na mitologia javanesa, Batara Kala é descrito como um ser com grande poder, mas com um temperamento muitas vezes imprevisível. Ele está frequentemente envolvido em mitos que explicam como o tempo e a morte funcionam no universo, sendo o responsável por garantir que a ordem cósmica seja mantida. Batara Kala também é associado à necessidade de balancear as forças da criação e da destruição, uma vez que ele também é encarregado de renovar o mundo ao consumir o que não serve mais.

Sua figura é complexa, pois, apesar de sua natureza destrutiva, ele também simboliza a regeneração e a renovação que vêm com a morte.

Deusa da Morte Kali - Mitologia Hindu

Deusa da morte da mitologia hindu, ela é uma guerreira bastante temida. Além do seu histórico de batalhas, sua aparência é assustadora, e muitos acreditam que ela seja defensora das mulheres em perigo. Contudo, dizem que sua aparência é apenas um traço de sua personalidade, uma vez que ela teria um lado bom ao interromper o sofrimento dos inocentes livrando-os de uma morte desagradável, e também por proteger o mundo contra os demônios.

Na mitologia hindu, Kali é considerada uma forma de Parvati, esposa de Shiva, e surge quando o mal precisa ser destruído. Ela é a força cósmica que destrói a ilusão e os aspectos negativos da existência, permitindo a transformação e o renascimento. Sua destruição não é vista como algo negativo, mas como um processo essencial para o equilíbrio do universo. Kali é uma deusa que age para restaurar a ordem cósmica, eliminando o que não serve mais, como o ego e as forças destrutivas do mal.

Ela é associada à liberação espiritual, pois através de sua destruição do ego e das ilusões, os devotos podem alcançar a verdadeira sabedoria e a libertação do ciclo de reencarnação (samsara).

Deus da Morte Ah Puch - Mitologia Maia

Na mitologia maia encontramos Ah Puch, um dos deuses mais odiados por Anúbis. Deus da morte, desastre e escuridão, ele é retratado como um esqueleto no estágio mais avançado de decomposição. O que o torna tão assustador é o fato de não apenas matar, mas segurar uma alma, torturá-la e queimá-la até ouvir sua agonia. O processo de tortura continuaria até a alma ser completamente destruída.

Na mitologia maia, Ah Puch é descrito como um deus do caos e da destruição, sendo associado a calamidades e doenças que afligem os vivos. Ele também está relacionado ao ciclo da morte e ao renascimento, uma vez que, embora represente o fim da vida física, ele também está ligado à transformação e à continuidade da alma. Em algumas versões, Ah Puch é visto como uma figura que também possui poder sobre o fogo e os elementos que podem consumir a carne, reforçando sua conexão com a morte e a destruição.

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Agora que você conhece um pouco mais sobre os deuses da morte, você com certeza tem vários nomes novos para usar na hora de conversar com seus amigos sobre quem vai encontrar Hades e seu pet preferido primeiro, não é mesmo? Agora que você tem todas essas informações, a pergunta que fica é: será que você vai ser só mais uma alma moribunda ou será que suas más ações vão revelar sua alma de cachorro no submundo? Fica a dúvida.

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