Cuidados como o de observar atentamente até onde determinadas demandas estão, aos poucos, nos excluindo de nosso bom convívio familiar, ou mesmo numa situação inversa, os problemas e apelos caseiros possam prejudicar a necessária concentração e foco no trabalho, pois essas preocupações afetam (in)diretamente a qualidade do serviço, potencializando muitas vezes o estresse e transtornos que nos deixam até mesmo doentes, física e emocionalmente.
Toda essa polarização nos afeta diretamente, ainda mais se levarmos em conta como os grandes centros nos impõe estilos de vida cada dia mais empobrecidos, limitados, inseguros, menos prazerosos e esvaziados de afetividade e acolhimento mútuo, pois essas oportunidades de verdadeira atenção e cuidado conosco e com os outros, estão cada vez menores, já que não sobra muito tempo e sempre temos coisas mais importantes para pensar, fazer e resolver.
Atentar-se conscientemente para esses cenários é mesmo uma possível alternativa para administrarmos esse processo de uma forma mais equilibrada e menos agressiva e angustiante, nos permitindo algumas releituras e mesmo re-paginando a nossa dinâmica pessoal e profissional, evitando assim fugas conscientes ou inconscientes na tentativa de atribuir aos outros o que é a nossa responsabilidade pelo exercício diário, em todos os lugares, dos valores humanitários.
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