Será que realmente existe uma tênue linha entre demonstrar e mendigar amor, a ponto de não percebermos a diferença?
Quem ama como diz um velho ditado, não enxerga? Somente com uma auto-imagem muito centrada podemos notar essa diferença.
Demonstrar amor é lindo, mas mendigar amor... É triste!
Expressar-se emocionalmente inclui chorar ou até falar de nossas vontades e desejos. Entretanto, se o outro demonstra claramente que não nos quer, o mínimo que podemos fazer é compreender e respeitar que o outro tem o direito de não nos querer. É íntegro e digno esse posicionamento com o outro e principalmente com a gente mesmo.
Em nome desse amor exageramos e tornamo-nos muitas vezes inconvenientes. Normalmente o outro se sentindo incomodado, foge, finge, mente, disfarça, inventa ou até diz sinceramente NÃO.
A verdade é que nunca andam junto com a gente. Bem diferente do amor correspondido que chega junto, quer estar junto, faz tudo junto prazerosamente.
Sem amor próprio nos sentimos carentes e procuramos amor fora de nós, e quando não somos correspondidos podemos pender a nossa balança para outros extremos, nos tornando agressivos, raivosos ou até indiferentes, mascarando inclusive uma postura de superioridade, quando em determinado momento a "ficha cai".
Ofendidos, alguns se excedem e diante do amor não correspondido simulam artimanhas para provocar e desestabilizar o alvo como num grito de sufoco: por favor, me veja, me enxergue, me ame pelo amor de Deus. Ufa, pode ter coisa mais chata que um amor chiclete?
Entretanto quem de nós diante das armadilhas do amor, nunca se comportou de modo infantil, vaidoso ou arrogante? Mas a vida é assim... E somente amadurecemos errando, acertando e exercitando na difícil arte de amar!
Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor.
Willian Shakespeare
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