Uma das frases que mais gosto da Oprah é: “Se você quer um novo caminho, faça as coisas diferentes”. Sim, pode até ser que não seja uma ideia muito nova, mas eita coisa que funciona, gente!
É incrível como ficamos presos nos nossos caminhos antigos. Muitas vezes, não nos damos conta de como estamos repetindo padrões, alucinadamente. Coisas que parecem diferentes, mas que continuam iguaizinhas.
No ano novo, nós vamos à praia, pulamos sete ondinhas e fazemos promessas malucas que geralmente nem temos condições de cumprir. Mas e olhar para dentro de nós? E mudar o velho caminho externo, que acaba sempre na frustação em novembro, pelo caminho interno?
Isso se chama “autoconhecimento”, ou seja, você saber como você realmente é, como você realmente funciona e dar importância real para isso. Respeitar os seus limites, as suas posições e não entrar em qualquer vibe por aí, cheia de mais do mesmo.
Um bom exemplo é a dieta... Que, vão por mim, nunca, jamais e em tempo algum, funcionam! Mas sim, existem pessoas que conseguem e esse é o exemplo do meu pai. Ele pai perdeu 30 quilos fazendo uma dieta e nunca mais engordou. A diferença é que ele, depois de muitas tentativas frustradas, fez uma mudança profunda e interna, de mentalidade.
O meu pai me falou muito sobre a dieta dele. Disse que ficou meses só pensando em como ele comia. O que ele fez foi se preparar mentalmente. Ele pesou os prós e os contras, mas principalmente, consultou seu coração. Antes dele iniciar a dieta, sempre que ele comia algo, pensava no porquê daquilo.
Começou a ter uma série de insights sobre o que a comida representava em si mesmo. Lembrou de momentos na infância em que a comida servia de apoio e amizade. Lembrou das comidas deliciosas que a mãe dele, minha avó, uma cozinheira de mão cheia, preparava depois que ele chegava cansado e esfomeado da escola. Das brigas com o pai que terminavam com um cafuné e um bom prato de canja da minha avó.
Tudo isso ele pensou, pesou, chorou, analisou e, quando realmente começou a dieta, aquilo estava tão curado que nunca mais voltou. Ele também fez isso com o cigarro. Ele fumou por 30 anos e um dia parou. Do nada? Não, fez todo um trabalho interno para se livrar do vício psicológico. E funcionou.
Nem todo mundo tem um mental tão firme como o meu pai. Muitas vezes, precisamos de ajuda nisso, e tudo bem, sem problemas. O importante é que nos disponibilizemos a nos estudarmos profundamente. É isso que a terapia faz, por exemplo. Vasculha a nossa alma, procurando o que nos impede de ser quem queremos ser e o que nascemos para ser.
Antes de ir pelo caminho óbvio, pense duas vezes. É clichê, mas é verdade: a solução está sempre aí dentro.