Fechei os olhos no meio da minha meditação diária e bateu um sono. Mesmo assim eu continuei firme e forte, perdendo ligeiramente a consciência por alguns instantes e logo voltando quando ouvia a voz forte do narrador do CD pedindo pra eu relaxar mais alguma parte do corpo. Numa dessas idas, vi uma coisa que me chamou a atenção. Visualizei, não sei como, um controle remoto. Nele ao invés de números, plays e offs, tinham palavras. Alegre, triste, animada, feliz. Não me lembro do todas, mas, na minha visualização eu poderia apertar um dos botões daquilo que eu queria ser naquele momento.
Vocês assistiram ao filme Click? Nele, um homem ganha um controle remoto capaz de fazer na vida real o que ele só conseguiria dentro do vídeo cassete. Rebobinar, adiantar, colocar no mudo. No final do filme ele percebe que exagerou no uso do aparelho e acabou perdendo coisas importantes da sua vida, para as quais não dava muita importância, como o crescimento dos filhos.
Pois bem, claro que me lembrei desse filme quanto me perguntei o que a vida estava tentando me dizer. Na minha imagem mental, eu apertava a tecla feliz. E era feliz. Então pensei, será que é assim tão simples?
Quanto pensei no filme percebi que sim, que é simples assim. Que podemos simplesmente escolher o nosso estado de espírito, mesmo que tudo ao redor esteja te dizendo o contrário, basta que não estejamos fazendo algo que não gostamos. Se não gostamos de algo a tendência é que não consigamos nos envolver com aquilo e claro, não conseguimos fingir que está tudo bem. É como uma reunião chata de trabalho, bem cedo, que você não queria estar. De repente fica tudo tão insuportável que você se pergunta, o que eu estou fazendo aqui?
Estas então são as tais das nossas escolhas. A maneira que a vida tem que te fazer escolher um novo caminho. O que nos confunde, algumas vezes, é que já gostamos daquilo antes então, como não gostamos agora. A pessoa se forma numa faculdade, faz pós, estágio, tem uma carreira promissora, mas, um dia, vendo o folheto de um curso de teatro, dá uma vontade de largar aquilo tudo e ser ela mesma!
Ai que delícia! Ser a gente mesmo. Não dever nada, nadinha pra absolutamente ninguém. Nem pra filho, marido, esposa, mãe, pai, vizinho, cachorro, namorado. Nada. Ser só aquilo que você quer e fazer aquilo que você quer. Apertar o botão do feliz e ser feliz com o que se tem, como que se é, independente do que é aquilo e se é bonito ou feio para os outros.
Fazer para agradar ou só porque já começou é roubada. Faz com que nos esqueçamos da gente mesmo. Faz com que sejamos outra pessoa, presa numa rede de intrigas, de agrados, de trocas infinitas por afeto. E como faz falta o nosso próprio afeto, a nosso próprio gostar. Ir lá dentro e apertar o feliz na hora que quiser, simplesmente porque é assim que nos sentimos.
Algumas pessoas vão me dizer desculpas como eu não tenho dinheiro pra fazer o que quero ou eu não posso por causa da minha mãe ou qualquer coisa assim. Desculpas. O que vale mesmo, de verdade, é o que a gente quer. E é só mandar isso pro Universo pra ele tascar logo uma prova daquilo na sua cara. Quer uma prova? Simples.
Pense numa coisa que você sempre quis ser ou fazer, mas nunca teve coragem, tempo ou disposição. Pense e sinta com o seu corpo todo. Se sempre quis ser bailaria, sinta-se uma bailaria. Se sempre quis ser um milionário deitado numa hidromassagem, se vista de mega milionário. Faça esse exercício e jogue para o Universo. Em poucas horas você vai começar a perceber as sincronias. Vai começar a só passar filmes de balé na TV ou você vai receber um telefonema da sua prima rica do interior, não sei. O universo imediatamente te conecta com aquilo que é o seu verdadeiro desejo. Mas não vale se enganar. Tem que ser muito, muito, muito sincero consigo e perguntar muito fundo, para sua alma, onde estão os seus verdadeiros desejos.
Bem, espero que funcione para vocês como vêm funcionando para mim. Eu continuarei apertando o botão feliz, alegre, sorridente e especial. Qual é o botão que você quer apertar?
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